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Nervos Espinhais | Sistemas | Aula de Anatomia

Nervos Espinhais

São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo 31 pares, 33 se contados os dois pares de nervos coccígeos vestigiais, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes.

São:

  • 8 pares de Nervos Cervicais
  • 12 pares de Nervos Torácicos
  • 5 pares de Nervos Lombares
  • 5 pares de Nervos Sacrais
  • 1 pares de Nervos Coccígeos
RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS
 
RELAÇÃO DAS RAÍZES NERVOSAS COM AS VÉRTEBRAS
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Cada nervo espinhal é formado pela união das raízes dorsal (sensitiva) e ventral (motora), as quais se ligam, respectivamente, aos sulcos lateral posterior e lateral anterior da medula através de filamentos radiculares.

A Raiz Ventral emerge da superfície ventral da medula espinhal como diversas radículas ou filamentos que em geral se combinam para formar dois feixes próximo ao forame intervertebral.

A Raiz Dorsal é maior que a raiz ventral em tamanho e número de radículas; estas prendem-se ao longo do sulco lateral posterior da medula espinhal e unem-se para formar dois feixes que penetram no gânglio espinhal.

As raízes ventral e dorsal unem-se imediatamente além do gânglio espinhal para formar o nervo espinhal, que então emerge através do forame interespinhal.

O gânglio espinhal é um conjunto de células nervosas na raiz dorsal do nervo espinhal. Tem forma oval e tamanho proporcional à raiz dorsal na qual se situa. Está próximo ao forame intervertebral.

FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL – RAÍZES VENTRAL E DORSAL
 FORMAÇÃO DO NERVO ESPINHAL - RAÍZES VENTRAL E DORSAL
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

O nervo espinhal separa-se em duas divisões primárias, dorsal e ventral, imediatamente após a junção das duas raízes.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais

Os ramos dorsais dos nervos espinhais, geralmente menores do que os ventrais e direcionados posteriormente, se dividem (exceto para o primeiro cervical, quarto e quinto sacrais e o coccígeo) em ramos medial e lateral para inervarem os músculos e a pele das regiões posteriores do pescoço e do tronco.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhias Cervicais

O primeiro ramo dorsal cervical chamado nervo suboccipital emerge superior ao arco posterior do atlas e inferior à artéria vertebral. Ele penetra no trígono suboccipital inervando os músculos retos posteriores maior e menor da cabeça, oblíquos superior e inferior e o semi-espinhal da cabeça.

O segundo ramo dorsal cervical e todos os outros ramos dorsais cervicais emergem entre o arco posterior do atlas e a lâmina do axis, abaixo do músculo oblíquo inferior por ele inervado, recebendo uma conexão proveniente do ramo dorsal do primeiro cervical, e se divide em um grande ramo medial e um pequeno ramo lateral. O ramo medial é denominado nervo occipital maior, que junto com o nervo occipital menor, inervam a pele do couro cabeludo até o vértice do crânio. Ele inerva o músculo semi-espinhal da cabeça. O ramo lateral inerva os músculos esplênio, longuíssimo da cabeça e semi-espinhal da cabeça.

O terceiro ramo dorsal cervical divide-se em ramos medial e lateral. Seu ramo medial corre entre os músculos espinhal da cabeça e semi–espinhal do pescoço, perfurando o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminar na pele. Profundamente ao músculo trapézio, ele dá origem a um ramo, o terceiro nervo occipital, que perfura o músculo trapézio para terminar na pele da parte inferior da região occipital, medial ao nervo occipital maior. O ramo lateral freqüentemente se une àquele do segundo ramo dorsal cervical.

Os ramos dorsais dos cinco nervos cervicais inferiores dividem-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais do quarto e do quinto corrrem entre os músculos semi-espinhal do pescoço e semi-espinhal da cabeça, alcançam processos espinhosos das vértebras e perfuram o músculo esplênio e o músculo trapézio para terminarem na pele. O ramo medial do quinto pode não alcançar a pele. Os ramos mediais dos três nervos cervicais inferiores são pequenos e terminam nos músculos semi-espinhal do pescoço, semi-espinhal da cabeça, multífido e interespinhais. Os ramos laterais inervam os músculos iliocostal do pescoço, longuíssimo do pescoço e longuíssimo da cabeça.


RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS CERVICAIS
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Torácicos
Dividem-se em ramos medial e lateral. Cada ramo medial corre entre a articulação e as margens mediais do ligamento costo-transversário superior e o músculo intertransversal, enquanto que cada ramo lateral corre no intervalo entre o ligamento e o músculo intertransversal antes de se inclinar posteriormente sobre o lado medial do músculo levantador da costela.

RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS
RAMOS DORSAIS DOS NERVOS ESPINHAIS TORÁCICOS
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Lombares
Os ramos dorsais dos nervos lombares passam para trás mediais aos músculos intertransversários, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais correm próximo dos processos articulares das vértebras para terminarem no músculo multífido; eles estão relacionados com o osso entre os processos acessórios e mamilares e podem sulcá-lo. Além disto os três superiores dão origem aos nervos cutâneos que perfuram a aponeurose do músculo latíssimo do dorso na margem lateral do músculo eretor da espinha e cruzam o músculo ilíaco, posteriormente, para alcançarem a pele da região glútea.

RAMO DORSAL DE UM NERVO ESPINHAL LOMBAR
 RAMO DORSAL DE UM NERVO ESPINHAL LOMBAR
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

Ramos Dorsais dos Nervos Espinhais Sacrais
Os três superiores são cobertos na saída pelo músculo multífido, dividindo-se em ramos medial e lateral. Os ramos mediais são pequenos e terminam no músculo multífido. Os ramos laterais se unem e com os ramos laterais do último lombar e ramos dorsais do quarto nervo sacral, formam alças dorsais ao sacro; destas alças ramos correm dorsalmente para o ligamento sacrotuberal para formarem uma segunda série de alças sob o músculo glúteo máximo; destes,dois ou três ramos glúteos perfuram o músculo glúteo máximo para inervar a pele da região glútea.

Ramos Ventrais dos Nervos Espinhais
Os ramos ventrais dos nervos espinhais inervam os membros e as faces ântero-laterais do tronco. O cervical, lombar e sacral unem-se perto de suas origens para formar plexos.


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